#5 - O que significa o dinheiro para você?

Você sabia que o dinheiro pode ser fonte de conflitos e negatividade na vida de algumas pessoas?

Isso ocorre porque cada um de nós interpreta as situações financeiras de maneira diferente, com base em nossas crenças financeiras. Por esse motivo, entender as nossas próprias crenças sobre o dinheiro é imprescindível para que possamos tomar decisões financeiras mais saudáveis e bem-sucedidas.

Além disso, ao compreendermos nossas características pessoais, processos de pensamento e crenças financeiras, podemos antecipar nossas tendências de tomada de decisão e evitar a repetição de erros do passado.

Quais são as minhas crenças financeiras?

Antes de explicar a teoria por trás das crenças financeiras, gostaria de compartilhar quais são as minhas e como eu lido com elas.

As minhas duas principais crenças financeiras são a adoração ao dinheiro e a vigilância em relação ao dinheiro.

Isso indica que a minha percepção sobre dinheiro é positiva. Se me perguntarem o que o dinheiro significa para mim, vou dizer: LIBERDADE. Isso é muito influenciado por essa minha crença.

Por outro lado, essa mesma crença faz com que eu, às vezes, pense que mais dinheiro tornaria minha vida muito melhor. E não que isso esteja errado. As pesquisas mostram que quanto maior a renda, maior é o bem-estar. Entretanto, emocionalmente, focar somente nisso pode levar a sentimentos de vazio interior e frustração.

Nesse sentido, minha atenção precisa estar voltada para o reconhecimento das conquistas que já tive e do que preciso fazer para alcançar meus sonhos.

Isso ajuda, pois ter uma crença de adoração ao dinheiro muito forte pode impedir o reconhecimento das conquistas já alcançadas.

A crença de vigilância em relação ao dinheiro está ligada a uma constante preocupação com o dinheiro. Em termos comportamentais, isso faz com que eu seja muito criteriosa com a minha gestão financeira, sempre planejando e não ultrapassando os limites de consumo.

No meu caso, por exemplo, nada é comprado se não tiver sido planejado antes, e, conhecendo o meu perfil, respeito isso, pois sei que agir de forma contrária me causaria ansiedade, já que tenho traços de personalidade neuroticista (falei mais sobre isso edição #3. Para ler, clique aqui)

Juntando esses dois perfis, sou uma pessoa que sempre trabalhará na direção dos meus objetivos, mas mantendo os pés sempre no chão, gerenciando e planejando cada passo.

Isso sou eu! Agora, quero te apresentar a descrição de todas as crenças.

O que a ciência tem a dizer sobre isso?

As crenças financeiras são as visões e verdades individuais que estabelecemos com base em nossas experiências e são inerentes a cada indivíduo.

Dada a importância da identificação das crenças financeiras para o comportamento financeiro, ao longo do tempo pesquisadores buscaram criar questionários capazes de medir as crenças de cada pessoa.

Foi assim que surgiu o questionário chamado "scripts financeiros" ou "crenças financeiras" que categorizou as crenças das pessoas em relação ao dinheiro em quatro categorias.

Evitação ao dinheiro

É caracterizada por pessoas que tendem a evitar o dinheiro e pensam que ele é a raiz de todos os males ou associam-no a emoções negativas, como medo e ansiedade. Elas podem acreditar que o dinheiro é um desafio e que é preciso trabalhar duro para ganhá-lo. São pessoas que tendem a ser compradoras compulsivas, podem ter dívidas e aversão ao risco financeiro como estratégia para se manterem longe do dinheiro. Também tendem a ser mais dependentes dos outros e podem precisar de apoio financeiro para sobreviver, pois acreditam que o dinheiro não é bom e nunca é suficiente.

Adoração ao dinheiro

É caracterizada por pessoas que acreditam que mais dinheiro resolveria suas vidas. Isso é positivo, na medida em que cria uma crença positiva em relação ao dinheiro e um constante movimento na direção de fazer o que precisa ser feito para atingir os objetivos que se tem. No entanto, há perigos potenciais na adoração extrema, como a busca incessante por mais dinheiro e a crença de que ele é a solução para todos os problemas, o que, por vezes, pode gerar sentimentos de vazio e frustração, como expliquei ao contar meu exemplo.

Status do dinheiro

É caracterizado por pessoas que veem o dinheiro como um símbolo de poder e status e tendem a se envolver em consumo posicional ou conspícuo para exibir sua riqueza para as pessoas ao seu redor. Elas tendem a correr riscos e investir de uma forma que pode ser viciante e podem se envolver em compras compulsivas. Por outro lado, esse também é um perfil que faz com que a pessoa esteja em constante movimento, em busca de seus sonhos. A atenção maior precisa estar na autorrealização, pois comprar coisas em busca do status diante do contexto em que se vive pode ser prejudicial à saúde mental.

Vigilantes do dinheiro

São pessoas que têm uma crença considerada protetiva para a gestão financeira. Ser vigilante indica que o dinheiro é uma preocupação constante, portanto, extrapolar nos gastos não é comum entre essas pessoas. Além disso, ser vigilante do dinheiro permite que se tenha menos dependência financeira, menos propensão a dívida e seja mais avesso ao risco. Em termos de cuidado, está a aversão ao risco. O conservadorismo ao extremo pode levar à estagnação.

O que você deve fazer

Para começar a compreender sua relação com o dinheiro, pergunte-se: o que o dinheiro representa para mim?

Partindo disso, faça o teste das crenças financeiras clicando abaixo e, a partir do diagnóstico, comece a avaliar suas decisões e como cada crença tem impactado no seu comportamento. A partir disso, você conseguirá ter maior consciência de como lida com cada situação e isso vai te ajudar a se antecipar e ajustar seu comportamento na direção do que você quer.

Claro que isso exige, principalmente no início, um esforço e passa por um processo que exige esforço e maturação, mas não se preocupe, pois há recursos que podem te ajudar.

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Para conhecer suas crenças financeiras, basta clicar aqui e fazer o teste.